O mercado de investimentos no Brasil continua em expansão. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume de aplicações de pessoas físicas cresceu 11,5% entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, somando um total de R$ 7,22 trilhões. Esse montante abrange clientes de varejo (tradicional e alta renda) e do segmento private, destinado a investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados.
Crescimento por Segmento
Varejo tradicional: Alta de 11,9%, atingindo R$ 2,389 trilhões.
Varejo alta renda: Crescimento de 12,9%, totalizando R$ 2,513 trilhões.
Private: Avanço de 9,6%, somando R$ 2,31 trilhões.
Renda Fixa Lidera Preferências
Com a taxa Selic em alta, os produtos de renda fixa continuam sendo os preferidos dos investidores. Em setembro de 2024, o volume alocado nesse tipo de aplicação atingiu R$ 4,16 trilhões, um crescimento de 13,8% em relação aos R$ 3,65 trilhões registrados no final de 2023.
Além disso, os produtos híbridos, que incluem fundos multimercados, cambiais, imobiliários, ETFs e Certificados de Operações Estruturadas (COEs), cresceram 2,8%, alcançando R$ 812,3 bilhões.
Já os investimentos em renda variável apresentaram um aumento de 5,3%, chegando a R$ 1,03 trilhão. A previdência privada também se destacou, com alta de 15,2%, atingindo R$ 1,20 trilhão.
Novidades nos Fundos de Investimento
Com a implementação da Resolução CVM 175, que permite o acesso de investidores do varejo aos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), o volume investido nesses produtos cresceu 52%, somando R$ 14,4 bilhões.
Os fundos de renda fixa também registraram um crescimento expressivo de 32,6%, alcançando R$ 766,95 bilhões. Fundos imobiliários e ETFs apresentaram altas de 18,1% e 42,9%, respectivamente, totalizando R$ 109,20 bilhões e R$ 10,68 bilhões.
Destaque para Produtos Isentos de Impostos
Os títulos com benefícios fiscais, como LCIs, LCAs, CRIs, e CRAs, também mostraram avanços significativos. O volume desses produtos cresceu 10,3%, atingindo R$ 1,18 trilhão.
CRIs: Alta de 32,5%, alcançando R$ 83,02 bilhões.
CRAs: Crescimento de 23,7%, somando R$ 115,08 bilhões.
LCIs e LCAs: Avanços de 5,7% e 7,7%, respectivamente, com montantes de R$ 339,35 bilhões e R$ 450,59 bilhões.
Além disso, as debêntures incentivadas cresceram 17%, chegando a R$ 77,27 bilhões, enquanto as debêntures tradicionais tiveram alta de 26,7%, somando R$ 44,62 bilhões.
Oportunidades para Diversificação
A abertura dos FIDCs e o crescimento de produtos híbridos e isentos oferecem oportunidades interessantes para os investidores, especialmente em um cenário de busca por maior estabilidade e diversificação. Esses números mostram a evolução do mercado financeiro e a crescente participação das pessoas físicas em diferentes modalidades de investimentos.
Acompanhando essas tendências, o mercado segue se adaptando para oferecer soluções que atendam às demandas de diferentes perfis de investidores, reforçando o papel da diversificação como estratégia essencial para a construção de patrimônios sólidos.
Passada a implementação da Resolução CVM 175, que abre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (Fidcs) para que investidores do varejo possam aplicar seus recursos, o investimento nesses produtos subiram 52%, totalizando R$ 14,4 bilhões ao final de setembro deste ano.
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